by Edcleide Silva

Não é questão

       de ser forte ou fraco

Não é questão 

      de ser considerado ou desconsiderado

É questão

      de ser inteiro. Ce la vie.

Caros leitores,

Eis que estava a dar continuidade a leitura do livro a Condição Humana de Hannah Arendt e não pude deixar de pensar que o que pode explicar o poder efetivo do time de futebol da Alemanha no jogo desta tarde contra o time brasileiro passa pelo discurso e a prática, que devem andar em simbiose, algo que precisamos diariamente nos esforçar em aprender. Este poder em potencial e hoje tão real em campo, como Arendt indica, só passa a existir entre os homens quando agem juntos. A seguir destaco o trecho do livro em que a autora discute  o poder e o espaço da aparência, que nos serve de pérola preciosa de sabedoria:

Para refletir, lancemos a nós mesmos a seguinte pergunta:

Qual a realidade que queremos criar? A de um time ou a de uma estrela solitária.

Uma amiga postou no facebook uma coletânea de livros nascidos entre 1911 e 1999. A brincadeira é saber quais livros foram lançados na data em que cada um dos amigos leitores chegou neste planeta terra. Bateu a curiosidade! Eu fiquei muito curiosa rss.

Abaixo estão os títulos que se tornaram conhecidos para o mundo ao tempo que também me tornei conhecida para os meus entes queridos:

1979- A História Sem Fim (Michael Ende), A Zona Morta (Stephen King),O Guia do Mochileiro das Galáxias (Douglas Adams), A Escolha de Sofia (William Styron)

Confesso que somente o autor Stephen King sobrevoou minha memória, mesmo sem ter lido alguma obra sua. Ainda. Uma boa oportunidade para aumentar as minhas, as suas, as nossas sinapses. Afinal, somos seres em continuo aprendizado. Quando passei o olho pelos títulos logo pensei: que legal A História Sem Fim! Afinal, todo dia é uma nova história, um recomeço, mas ainda assim somos nós mesmos em essência, diferentes a cada dia, mas ainda assim uma essência única e eterna. E o que será que nos reserva A Zona Morta? Hum! Prefiro acreditar que um florescer apesar de...

Ah! E O Guia do Mochileiro das Galáxias me remete logo à paixão pelas viagens a lugares novos que amplia nossa visão de mundo, permitindo-nos observar novas estrelas e realidades. E por fim, A Escolha de Sophia, que nos inspira com a ideia de que fazermos escolhas é algo a ser exercitado diariamente e com muito amor, perdoando-se, perdoando, arriscando-se e realizando cada vez mais, exercendo assim um pouco de sabedoria. Delícias de presentes para ler. E depois de degustá-los, novas impressões! Que poderão ou não confirmar o agora pré-concebido e imaginado. E o legal é esse caminho a percorrer entre um ponto imaginado, ainda encoberto pela névoa, e um outro mais luminoso, conhecido, mais repleto de... (do que nós encontrarmos de melhor para preenchê-lo).

Este é o link do Homo Literatus para quem quer conhecer os livros do seu aniversário e as dicas preciosas de leitura.

Carpe diem! Obrigada aos amigos leitores.

Fiquei muita entusiasmada para ler os romances de formação alemães. E se o desejo de ler Guerra e Paz de Tolstói já era uma centelha latente, em meio a tantos outros protelados, agora tornou-se necessidade, vontade.

Confiram as sugestões no link www.revistabula.com/1752-22-livros-que-sao-diamantes-para-o-cerebro/

Caros,

Esta é a oportunidade de lermos nas férias aquele clássico que desejávamos tanto ter um tempinho para lê-lo ou até mesmo ter uma graninha extra para ir a livraria agarrá-lo, uma vez que geralmente acabamos dando preferência por adquirir uma nova obra, um escritor iniciante, o que é ótimo também. A Revista Bula garimpou e encontrou no Domínio Público a preciosidade de mais de 100 clássicos entre autores nacionais e estrageiros para download gratuito.

O que estamos esperando! Eu já baixei o meu - A Divina Comédia de Dante Alighieri.

Link para download: https://www.revistabula.com/647-100-livros-classicos-para-download/

by Edcleide Silva

by Edcleide Silva

A vida do sertanejo e do homem do campo no agreste mais uma vez enfrenta os dissabores da aridez. São tempos de bolsos revirados e de cacimbas vazias. Tudo se exaure, o pasto, a palma, o gado, menos a resistência do homem que cultiva o alimento de muitos. Ele é mais uma vez testado e muitos desconhecem sua dura realidade e pouco fazem para mudar essa história. As políticas públicas são um capítulo à parte. Existem, mas... Os dois livros que recomendo sobre esse tema e com a esperança de que o olhar dos leitores se familiarize com essa realidade de penúria vivenciada por nossos conterrâneos e que ainda é latente nos dias de hoje são deliciosos. Deliciosos porque a leitura deles flui como o rio para o mar.

Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto) e Os dois mundos de Madalena (Lourdes Nicácio e Silva) revelam a dureza do sertão nordestino, mas também a força com que se reveste o sertanejo, transformando em poesia as histórias dos retirantes em busca de uma vida melhor, ou tão somente de um prolongamento da vida. Descreve a fé, a determinação altiva, que não pestaneja e reinventa a história, como em Os dois mundos de Madalena.  E onde há um sopro de vida há transformação do espírito já cansado dos maus tratos, como bem representada na narrativa do nascimento de mais uma vida Severina do mangue Capibaribe. São obras que desvelam não só o sertão mais também o litoral, a capital Recife, e por isso são didáticas. Retratam as entranhas de uma sociedade que não soube cuidar da natureza mãe nem dos seus. Seja em prosa, seja em versos, a alma forte de sertanejo é homenageada belissimamente.

Eis que do meio da leitura do livro A Menina do Vale sou levada a escutar a música que a impulsiona a continuar nos seus projetos quando já mais que ultrapassou o limite de suas forças. Para recarregar sua energia e revigorar o espírito empreendedor a música que a toca profundamente é Don´t stop me now de Queen. E quando fui vasculhar na rede a tradução não pude deixar de reparar na alusão feita as obras de Ray Bradbury. Pois é, nada melhor que ler para comprender o sentido das mais diversas artes. Confira a tradução.